vivo sozinha num mundo, onde já nada importa, onde o sonho se solta e não quer voltar. caem lágrimas na minha ferida aberta, e elas vão em busca de um mundo, que nada acerta. onde vivo livre, mas ao mesmo tempo encurralada. não sei para onde foi, aquela coisa chamada coração. deixei de o sentir. sinto apenas aquele pequeno sentimento, chamado "desilusão". porque é que estou sozinha? tento enfrentar este caminho, e espero a salvação. flutuo no ar, danço pelo meio das estrelas. e espero alcançar a paz, dentro delas. não deixo que me compreendam, porque não me querem compreender. procuro também uma saída, que teima em não aparecer. deito cá para fora um grito, e sinto dentro de mim uma dor muito forte. todo o mal me rodeia, e faz com que eu me sinta só. tenho medo do meu futuro, ainda bem que não o sei. sinto-me assustada, tal como uma criança que não é amada. então procuro na noite, aquilo que o dia não me quer dar. mas é a noite, que no fundo me obriga a chorar. estou desprotegida, procurando protecção que teima em chegar. trazendo-me o medo e desilusão de depois, já ser demasiado tarde.